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quarta-feira, 1 de maio de 2013
A pele forma a superfície externa contínua ou tegumento do corpo, sendo o maior órgão, constituindo quase um sexto do seu peso total (1,75m²). É representada pele epiderme com o seu manto córneo, a qual se assenta sobre um tecido de sustentação fibrilar, a derme, que repousa por sua vez sobre o panículo célulo-adiposo da hipoderme. Possui as seguintes funções principais:
  • Proteção contra lesões mecânicas, químicas e térmicas;
  • Termo-regulação: a pele impede o corpo de perder calor;
  • Impermeabilidade à água e impede que ela também saia (Conservação de fluídos);
  • Barreira a organismos patogênicos – barreira física;
  • Detecção de estímulos sensoriais;
Apesar dessas variações que refletem diferentes demandas funcionais, todos os tipos de pele possuem a mesma estrutura básica. A pele espessa cobre a palma da mão e a planta dos pés, possui glândulas sudoríparas, mas não possuem folículos pilosos (Pele glabra), músculos eretores do pêlo e glândulas sebáceas. A pele delgada cobre a maior parte do resto do corpo e contém folículos pilosos, músculos eretores do pêlo, glândulas sudoríparas e glândulas sebáceas (Pele pilificada).
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FLORA CUTÂNEA

A pele é preenchida em toda sua superfície por diversos tipos e microorganismos (fungos ou bactérias), constituindo a flora cutânea. Ela é formada:
  • Por uma flora chamada residente ou permanente, compostos por germes saprófitos, normalmente não patogênicos, mas podendo tornar-se devido a certas condições.
  • Por uma flora transitória ou patogênica, resultantes da contaminação diária. Os microorganismos que a compõem são hóspedes acidentais da pele, cuja sobrevivência sobre o território cutâneo é fraca e temporária.
A competição entre os microorganismos resistentes e os transitórios permite uma proteção relativa contra estes últimos. É, portanto primordial conservar a flora cutânea resistente em bom estado, garantindo maior proteção contra a inoculação de microorganismos patógenos.

EPIDERME
A epiderme é a camada mais externa do corpo e está em contato direto com o meio externo. É um epitélio queratinizado estratificado pavimentoso composto principalmente de queratinócitos, as células epiteliais especializadas responsáveis pela renovação, coesão e barreira da epiderme.
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A figura abaixo mostra que esta camada externa da pele é subdividida em cinco camadas (de dentro para fora). Estas camadas são formadas pela diferenciação seqüencial de células migrando da camada basal para a superfície. A epiderme se renova a cada 20 a 30 dias dependendo da região da pele. A epiderme é composta por 4 tipos celulares: Queratinócitos, Melanócitos, Células de Merkel, Células de Langerhans.
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  • A camada basal (stratum basale) ou camada germinativa é a mais profunda da epiderme e fica repousada sobre a derme. É a camada com a maior atividade mitótica, pois contêm células-fonte da epiderme, onde há constante renovação celular
  • A camada espinosa (stratum spinosum), nome este dado às suas características poligonais cubóides. É importante por conferir à epiderme coesão nas células e resistência ao atrito.
  • A camada granulosa (stratum granulosum). As células possuem grânulos que são expulsos para o meio extracelular, e que confere à epiderme impermeabilidade à água e a outras moléculas.
  • A camada lúcida (stratum lucidum). É pouco representativa, onde representa uma transição entre a camada granulosa e a camada córnea.
A camada córnea (stratum corneum), tem espessura muito variável e é constituída por células achatadas, mortas e sem núcleo. O citoplasma destas células apresenta-se repleto de uma escleroproteína dura chamada de QUERATINA, rica em ligações dissulfeto (S-S), que confere força e integridade.
Esta camada fornece 98% de habilidade de retenção de água da epiderme. A membrana plasmática se torna grossa devido à deposição e ligação cruzada de proteínas, como a involucrina, ao longo da superfície interna para formar o envelope córneo. O stratum lucidum é parte desta camada.
Outros integrantes da epiderme são as células de Langerhans apresentadoras de antígeno, os linfócitos T epidérmicos, ambos derivados da medula óssea; os melanócitos formadores de pigmentos e as células de Merkel neuroepiteliais, queratinócitos modificados que possuem queratinas e formam ligações desmossomais de queratinócitos.

APÊNDICES EPIDÉRMICOS

1. Glândulas Sebáceas
2. Glândulas sudoríparas apócrinas
3. Glândulas sudoríparas écrinas
4. Pêlo
5. Unha

GLÂNDULAS SEBÁCEASCosmetologia

As glândulas sebáceas são anexas dos folículos capilares e estão inseridas na derme e hipoderme. São predominantes sobre toda superfície do corpo, com exceção da palma das mãos, planta dos pés e lábio inferior.
Progressivamente as células se carregam de gotículas lipídicas e tornam-se cada vez mais volumosas. Depois da lipidização completa, as células se desintegram totalmente, tornando-se, elas mesmas, o produto da secreção ou sebo.
As células mortas são repostas por mitose na periferia da glândula. A secreção é o sebo, uma mistura de triglicérides e colesterol tipo cera. Funciona como um agente protetor e mantém a textura da pele e a flexibilidade do cabelo.
1. O tamanho da glândula é inversamente proporcional ao pêlo ao qual está anexado: ou seja, uma pele com pêlos curtos são mais propensos à acne.
2. Sua quantidade determina o tipo de pele.
3. A quantidade de sebo que é secretado é da ordem de 1 a 2g por dia.

GLÂNDULAS SUDORÍPARAS

As glândulas sudoríparas distinguem-se em dois tipos: as écrinas e as apócrinas.
As glândulas sudoríparas écrinas são glândulas tubulares em espiral, estão na camada profunda da derme ou sobre a hipoderme e estão presentes em todo o corpo. A sua função primária é o resfriamento por evaporação (transpiração).
A secreção écrina consiste de um líquido aquoso, fino e inodoro, onde a ação microbiana não consegue degradar. São controladas por fibras colinérgicas do Sistema nervoso autônomo pelo estímulo térmico e fatores psicogênicos.
Cosmetologia1. Elas secretam o suor de maneira intermitente.
2. O suor é um liquido aquoso, incolor, ácido, que contêm 99% de água, de NaCl, de amoníaco, de ácido lático, de ácido uricânio e de aminoácidos livres.
3. Respondem a estímulos físicos (temperatura, exercícios), e a estímulos psíquicos (emoções – palma das mãos e planta dos pés).
As glândulas sudoríparas apócrinas são glândulas tubulares que desembocam nos folículos pilosos nas axilas e regiões urogenitais. A secreção é uma mistura de proteínas, carboidratos e íons férricos que não possui odor, porém torna-se fétida após ação de bactérias comensais da pele.
São mais numerosas nas mulheres e na raça negra. São sensíveis aos hormônios androgênicos e reguladas por nervos adrenérgicos em resposta ao atrito, agentes farmacológicos e fatores emocionais.

DERME
A derme, localizada imediatamente sob a epiderme, é um tecido conjuntivo que contém fibras protéicas, vasos sangüíneos, terminações nervosas, órgãos sensoriais e glândulas. As principais células da derme são os fibroblastos, responsáveis pela produção de fibras e de uma substância gelatinosa, a substância amorfa, na qual os elementos dérmicos estão mergulhados.
A epiderme penetra na derme e origina os folículos pilosos, glândulas sebáceas e glândulas sudoríparas.
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Na derme encontramos ainda: músculo eretor de pêlo, fibras elásticas (elasticidade), fibras colágenas (resistência), vasos sangúíneos e nervos.
A derme é o elemento de sustentação e nutrição da epiderme e seus anexos. Contém entre 20% a 40% de água total do corpo graças, em parte, às propriedades hidrofílicas. A sua espessura aumenta no decorrer da infância e da adolescência, para estacionar e diminuir depois dos 50 anos.

Outros componentes da DERME
a. Substância Fundamental: Responsável pelo volume da derme. Substância semelhante a gel em íntima relação com os componentes fibrosos, é a substância de preenchimento.
b. Vasos Sanguíneos Cutâneos: Plexo vascular profundo: na interface entre derme e gordura subcutânea. Plexo vascular superficial: nas porções superficiais da derme reticular.
c. Nervos Cutâneos: A pele recebe sistema eferente (controle vascular cutâneo) e sistema aferente (apreciação das sensações cutâneas).
d. Células Fibroblastos: São produtores de colágeno e elastina;
e. Células Migratórias de Defesa: Linfócitos e mastócitos;
f. Matriz Extracelular: Rede complexa de macromoleculares (é o conjunto de tudo).

HIPODERME

É um tecido subcutâneo que une a derme aos órgãos profundos. É formado por tecido conjuntivo adiposo de espessura muito variável conforme sua localização. A hipoderme tem as seguintes funções:
  • Reserva de gorduras: gorduras provenientes do fígado e do intestino chegam ao adipócito pela corrente sanguínea sob a forma de ácidos graxos e de triglicerídeos.
  • Energética: em caso de necessidade a lipólise libera rapidamente os ácidos graxos;
  • Termorregulação: regula a temperatura corporal;
  • Mecânica: amortecimento, sobretudo no nível dos órgãos internos.

TIPOS DE PELE

1. Pele normal ou eudérmica - pele ideal ou de criança, secreções equilibradas, emulsão epicutânea perfeita (tipo O/A).
2. Pele oleosa - espessura aumentada e bem hidratada, produção de sebo alterada (pH ácido), emulsão tipo A/O, aspecto oleoso (untuoso, com brilho acentuado), pele resistente a problemas alérgicos. Complicações comuns como seborréia, acne e desidratação.
3. Pele seca - secreção sebácea insuficiente, pessoas de pele muito clara, fina e sensível, frágil e facilmente irritável, rugas finas e precoces.
4. Pele mista - óstios dilatados na região do T, secura e irritação nas outras áreas.

MELANINA – CÉLULAS DE PIGMENTO

A melanina é um pigmento que determina a cor da pele, filtram os raios UV (protege o núcleo celular, agrupando-se em torno dele), neutralizam os radicais livres (que são fatores de envelhecimento celular).
As melaninas são produzidas por células especializadas da camada basal germinativa: os melanócitos, que repousam sobre a camada basal. Seus dedritos se desenvolvem lateralmente e para cima, o que permite entrar em contato com os queratinócitos vizinhos. No pêlo os melanócitos se localizam no bulbo pilar. Depois dos 40 anos, o número de melanócitos diminui, assim como sua atividade de síntese.
O melanócito, a partir do aparelho de golgi, sintetiza o melanossomo, organela complexa que contém melanina. O melanossomo possa por 4 estágios de maturação graças a uma enzima, a tirosinase: é a melanização do melanossomo.
Os pigmentos melânicos podem ser classificados em dois grupos:
  •  Eumelanina: são os mais escuros (castanhos ou marrons). Encontram-se na epiderme, nos cabelos e nos pêlos;
  •  Feomelanina: são pigmentos mais claros (castanhos a louro, inclusive ruivos).


GRAU DE ACIDEZ DA PELE

Para que seja sadia é essencial haver equilíbrio ácido-base. No estado normal, a superfície da pele tem sempre reação ácida, devido à presença de ácido orgânica (propiônico, acético, caprílico, lático, cítrico, ascórbico) que se encontra em alta concentração devido a evaporação do suor que os contém.

O grau de acidez varia com idade, sexo e de indivíduo para indivíduo. A reação torna-se alcalina à medida que se penetra nos tecidos. O manto ácido é importante em relação aos agentes exteriores, barreira à penetração dos microorganismos e fungos, que toleram mal a acidez.
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